BRASIL SOB NOVA DIREÇÃO

Então você acredita que no cargo de presidente da república faria tudo diferente? O Texto a seguir foi escrito como resposta a um dos muitos textos contrários à atuação do presidente Lula que circulam na internet.  Não se trata de apoiá-lo, mas de levantar a provável hipótese de que tudo isso não passa de LADAINHA ELEITORAL.


Algumas reflexões sobre a ladainha eleitoral   (Oriel Frigo)

Esses comentários de caráter unipolar, como os contidos no último e-mail, são pra mim uma afronta ao senso crítico, pois apontam a ilusão de que existem governantes totalmente justos como solução para aqueles que são totalmente bandidos. Me admiro quando estes comentários surgem de gente como Arnaldo Jabor ou Carlos Varezas, que são grandes artistas em seus respectivos trabalhos como cineasta e ator, mas se perdem em comentários políticos tendenciosos. É a tendenciosidade quem domina os meios de comunicação: A Veja e a Globo defendem o Serra e o PSDB, a IstoÉ defende a Dilma e o PT. Mas ambas praticam um falso discurso da imparcialidade. Que pelo menos a defesa do candidato fosse assumida e declarada, como ocorre nos EUA, onde por exemplo a Fox News assumia publicamente que defendia os republicanos.

Eu vejo claramente que no período eleitoral todos os candidatos se fantasiam de esquerda (em defesa dos pobres e desamparados, da salvação da economia, da saúde, da educação e da cultura). Mas na hora de governar, de forma desajeitada ou mais elegante, todos os eleitos acabam por dançar conforme o ritmo da direita (conivência com a situação atual, com as elites e com o próprio poder). Aqueles que se distanciam do projeto atual de poder e inocentemente acreditam ser possível seguir outros caminhos (como a Marina Silva ou Plínio Arruda) são aqueles que praticamente não possuem chances de ganhar.

Infelizmente os fatos nos levam a perceber que não existem inocentes no poder, pois não existe um só fio de água pura quando esta precisa passar por uma tubulação de esgoto. Maquiavel não foi hipócrita e disse de forma nua e crua que o papel do governante é ser soberano, usar da manipulação quando necessário e ao mesmo tempo conquistar a confiança do povo. Atualmente a confiança no povo é conquistada por medidas de bem estar social e não mais por violência como Maquiavel sugeria. Mas rei ou presidente, passada a revolução francesa e a queda da coroa, o papel continua sendo basicamente o mesmo. Podemos ir muito além, e não é um voto que vai fazer a diferença!

"Eu vos dou este sinal: cada povo fala uma língua do bem e do mal, que o vizinho não compreende.

Mas o Estado mente em todas as línguas do bem e do mal. O Estado é onde todos bebem veneno, os bons e os maus; onde todos se perdem a si mesmos. Todos querem abeirar-se do trono; é a sua loucura - como se a felicidade estivesse no trono! - Frequentemente também o trono está no lodo." - Friedrich Nietzsche

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1 comentários:

Jaciara da Silva disse...

É irônico ver como a obra de Maquiavel foi transformada ao longo da história, em seus textos o filósofo não defendia de que os fins justificavam os meios, que o mal poderia ser praticado em benefício prório. Ele analisava como a política podia ser perigosa por não ter regras fixas. Acabou virando escritor maldito, e sua análise acabou se tornando receita.
Não há regras também na publicidade, no jornalismo. No Brasil só se respeita e se defende as regras do futebol, essas são sagradas.
O povo brasileiro se manifesta a favor de seu clube, mas se algo vai mal na saúde ou na educação, o povo prefere agredir física ou verbalmente um funcionário de algum estabelecimento público.
Concordo muito com quem disse que cada nação tem os governantes que merece.

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